
A psicóloga Márcia Fraga Sampaio, do Hospital Memorial, no Rio de Janeiro, diz que a mulher passou a precisar dividir seu tempo depois da revolução cultural que a fez conquistar seu espaço na sociedade. Por outro lado, o direito de voz tem um custo, afirma a especialista.
“Agora elas cuidam da família e do trabalho e buscam tanto a realização pessoal, quanto a profissional”, explica. Essa mudança, segundo Márcia, foi provocada pelas próprias mulheres, que sentiram necessidade de se sentirem mais independentes. “Hoje a mulher faz um malabarismo para conciliar as duas jornadas. E precisa contar com a participação do homem”, diz.
Márcia explica que, já que a mulher de hoje divide as contas com o marido, precisa dividir as tarefas de casa também. “Cada um fazer a sua parte é muito importante. A mulher assumiu mais responsabilidades e deveres e o marido também. Ela abriu mão de algumas responsabilidades para ter outras”, pondera.
A psicóloga alerta para a mistura das tarefas: levar trabalho para casa e os problemas de casa para o trabalho. “Isso dá muita confusão. Compartilhar problemas não é levá-los para casa e vice-versa. Essa mistura não é boa, deve ser administrada. Não é certo transferir as angústias. É preciso estabelecer prioridades individuais para não deixar ninguém de lado”, orienta.
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