
Você coloca todas suas perspectivas de vida em relacionamentos amorosos?
Existem pessoas que ao longo da vida acabam se envolvendo com os mais variados tipos de pessoas, simplesmente porque não conseguem viver sozinhas. O que não imaginam é que, geralmente, esses relacionamentos baseados na carência excessiva de uma das partes podem ser extremamente destrutivos. Segundo a psicóloga Kátia Beal, especialista em relacionamentos amorosos, pessoas carentes têm uma visão distorcida do amor.
“Alguém que se envolve só para não ficar sozinho é aquele que tem baixa autoestima, ou seja, não acredita no próprio valor, não gosta de si mesmo, se acha sem atrativos e incapaz de ser desejado ou amado por alguém. Por essa razão, acaba cedendo às investidas de outras pessoas, muitas vezes sem sentir nenhuma atração, e acabam ficando com quem lhe deu um pouco de atenção, muitas vezes nem importando com seus atributos internos e externos”, explica.
Idealizar os relacionamentos, colocar o outro em um pedestal, se envolver com qualquer tipo de pessoa, na maioria das vezes, acreditando que pode mudar o outro, podem ser atitudes que denunciam uma tentativa de fuga para encarar os próprios problemas, preocupando-se somente com o outro. “Algumas teorias da psicologia ainda acreditam que pessoas carentes não conseguem, mesmo que inconscientemente, diferenciar amor, dor e sofrimento”, orienta Kátia Beal.
Amor que sufoca
Inicialmente, os homens podem até gostar de mulheres carentes, devido aos cuidados e dedicação total que recebem, mas, depois de um tempo, passam a querer que ela tenha vida própria, pois, por carência, a pessoa acaba sugando toda a energia do outro, exigindo atenção constante e cobrando demais do relacionamento.
“Elas acreditam que quanto mais amarem e se doarem, mais serão amadas. Só que não é bem assim que funciona. Quando a pessoa esquece de cuidar de si própria, abre espaço para a rejeição e para a não valorização. Pessoas rejeitadas começam a amar mais ainda, pois não admitem ‘perder’ o amor do outro, e começam a traçar novas estratégias para se sentirem amadas, por medo do abandono”, aponta.
Ligar demais, mandar mensagens, enviar mimos, se fazer presente o tempo todo, pode ser irritante e até mesmo insuportável. Na busca pelo amor do outro, a dedicação pode ser tão grande que pressiona e inibe os sentimentos, na medida em que gera muitas expectativas e uma pressão desnecessária. Kátia Beal ressalta que, apesar de fazerem de tudo para assegurar o relacionamento, essas pessoas, normalmente, não encontram satisfação no que recebem, pois tendem a sufocar o parceiro e, por medo de serem abandonadas, tentam fazer até o impossível para ter o outro sempre por perto.
“O indivíduo carente se anula, coloca o relacionamento como única prioridade, é inseguro, dependente, controlador e possessivo. Relacionamentos assim podem ser destrutivos, pois não há uma verdadeira troca afetiva, há sempre um sufocando o outro, se sentindo cobrado e tendo que estar presente a todo instante. Não podemos deixar de citar os indivíduos que mantém um relacionamento estável com uma pessoa e que, muitas vezes, acabam se envolvendo com outras por não encontrar carinho, afeto e atenção”, observa.
Busque o autoconhecimento
Certamente, nenhum ser humano nasceu para viver sozinho, entretanto, para evitar que o relacionamento se torne destrutivo, o ideal é buscar uma certa independência, ter autonomia sobre sua vida para fazer suas próprias escolhas. Desta forma, a pessoa terá capacidade de escolher relações em que possa ter trocas mais maduras, com pessoas dispostas e prontas para dar e receber, para que ambos ganhem com a relação.
“É necessário e imprescindível que ambos tenham amizades, dediquem-se aos estudos ou a um trabalho no qual sintam prazer e realização, cuidem do corpo e da mente, busquem o autoconhecimento e convivam com outros casais para compreender a dinâmica das outras relações e se espelhar também nelas, pois aprendemos muito com essa troca de experiências. Tudo visando não viver somente em função do relacionamento amoroso”, orienta Beal.
A psicóloga alerta que a carência afetiva, hoje, pode ser considerada como um distúrbio de comportamento que afeta um número considerável de pessoas, tanto homens quanto mulheres. Ela explica que essas pessoas sentem e agem dessa maneira, muito provavelmente, por terem vivenciado experiências emocionais que não foram atendidas, tanto na infância, quanto em relacionamentos anteriores.
“Não podemos buscar no outro aquilo que não conseguimos encontrar em nós mesmos, ou seja, devemos buscar dentro de nós o que nos falta. Uma boa forma de se descobrir e se aceitar melhor é a psicoterapia, onde a pessoa passa a se conhecer melhor e a lidar melhor com os sentimentos, propiciando vivenciar relações mais satisfatórias e prazerosas, que agreguem bons sentimentos e bem estar”, aconselha.
MUITO BOA ESSA MATÉRIA!
ResponderExcluirPARABÉNS!!!
Eu e minha esposa (ex?!) somos exemplos literais deste artigo. Eu não tinha um sentido para a minha vida, foi quando resolvi mudar, e conheci minha esposa, ela era igualmente carente como eu, viviamos grudados, faziamos de tudo um para agradar o outros, havia um equilibrio, até eu voltar a fazer faculdade... dali para frente eu me sentia sufocado, e ela não suportava esta minha ausência, e mais o falecimento da mae, e outros fatores, a coisa desandou. Eu insistia que ela praticasse exercicios, quando conssegui isto, ela me deu um fora. Nem vale dizer que me desesperei e tentei o pior... como ela tbm ja tinha tentando isto no passado. É duro saber que tem carencia elevadissima e não consseguir se libertar disto. Estou cansado de procurar ajuda psicologica e nao ter resultados positivos. Agora só deus, se é que ele existe. Ela.. é mulher, tem seus artificios para saciar parte de sua carência...
ResponderExcluirDeus existe sim, basta buscá-lo de todo seu coração e com certeza te livrará dessa carência, que na verdade é carência de Deus!
ResponderExcluirQuando sua vida espiritual esta bem tudo fluira em sua vida bem.
ResponderExcluirObrigada pela excelente matéria, vai salvar a minha vida , com toda a certeza.
ResponderExcluirEu por diferentes motivos, por ser estrangeira no pais que vivo, e outras razoes...de repente me tornei possessiva com meu amigo e amante, e ele fez o mesmo.Deixei meus conhecidos, eliminei certas pessoas de minha vida, porque ele ajudou e controla. Passavá a maior parte do tempo em seu apto e o meu sem meus cuidados e abandonado. Tenho a chave do apartamento, mais por tanto sufocar ele me pediu a chave de volta. Cuido melhor de seu apto de que do meu, com as limpezas. Vou devolver as chaves e continuo sendo amiga dele.Já deixo de sufoca-lo , que ridicula eu fui... vou salvar meu relacionamento com meu amigo,ele nescessita muito de mim, nao temos planos de casamento.Mais é o mais quero na minha vida no momento estar com ele...
Lute pelo que você quer. e dudo dara certo no final. tenha paciencia, e nao o sufoque. super abraço estamos torcendo para tudo da certo no final, volte sempre.
ResponderExcluirTenho vivido um grande problema no meu casamento. Desde o início, minha esposa dá mais atenção as outras pessoas do que a mim. Após o nascimento de meus dois filhos, a situação piorou, pois a atenção fica restrita aos filhos. Atualmente as brigas são constantes, já tentei conversar com ela, mas ela não dá muita atenção, de dia trabalho, e a noite diz que tem sono. Estou nessa a mais de uma decada, e não aguento mais a solidão e a falta da companheira. Penso em ir embora, arrumar outra pessoa. Nesses momentos, ela aparece, mais depois, tudo continua da mesma forma.
ResponderExcluirBom amigo busque em Deus uma solução sempre e mais facil desistir do que tentar reconquistar a alegria que foi perdida. se sua comunhao com Deus vai mal. sua vida sentimental vai mal tmbm. fica com Deus e estamos torcendo para que tudo termine da melhor forma.
ResponderExcluirTmbm e bom lembrar que nen sempre adianta nadar contra a correnteza.
nossa! eu preciso de ajuda mesmo!!!
ResponderExcluirQue horror! Agora percebí que estava fazendo tudo errado, exclusivamente por carência afetiva. Tenho 60 anos (sou homem) e me apaixonei perdidamente por alguém que tem 1/3 da minha idade e que me aceitou incondicionalmente. Fiz muitas loucuras para agradar a essa pessoa, mas faz um mês passei a reavaliar a relação e estou dando um tempo. Por causa dessa paixão, deixei de ir ao dentista, não renovei minhas visitas mensais ao cardiologista e ao urologista, parei de visitar meus parentes e só vivia em função dessa paixão.
ResponderExcluirE como a biblia diz do que adianta salvar o mundo inteiro e não salvar a se mesmo. antes de amar algume ame a se proprio. super abraço e volte sempre.
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