sábado, 28 de agosto de 2010

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Discutindo a relação

O que fazer para que essa conversa valha a pena?


Uma conversa que, inicialmente, parece tranquila. Ele olha para ela meio assustado, mas, no fundo, acredita que pode ser bom para a relação. Pronto. A famosa “DR” é iniciada. O casal começa a jogar, um no outro, a culpa pelo fracasso da relação e o que era para ser uma conversa pacífica se torna um confronto. Que casal nunca viveu um momento parecido com esse?

O casal Jorge Alberto Cortez, de 28 anos, e Érica Verdino, de 27, (foto abaixo) já viveu momento semelhante e a frequência de DRs influenciou negativamente na relação conjugal. Casada há 3 anos, Érica confessa que por ser ansiosa e impulsiva estava sempre propondo DR ao seu marido.

“Depois que mudamos de cidade, tive dificuldade em me adaptar à nova vida. O Jorge trabalhava durante o dia e eu ficava cuidando da casa; estava sempre sozinha. Longe da minha família e dos meus amigos, eu não tinha muita ocupação e qualquer coisa que meu marido fazia, que eu considerava errada, era motivo para discutir a relação”, conta a promotora de vendas.

Érica afirma que sua relação se tornou muito desgastante e que Jorge já não aguentava mais essas conversas. “Só me toquei que estava agindo errado quando, conversando com uma amiga, ela me disse que eu estava exagerando na dose e que isso o afastaria ainda mais de mim.”

“Não mudei meu jeito ansioso e impulsivo, apenas tento controlá-lo pela harmonia de minha relação. Sei que há momentos que discutir relação é inevitável, mas o excesso dessas conversas é muito prejudicial e pode provocar o fim de um relacionamento”, finaliza Érica.

DR: discutir ou não discutir?

De acordo com a psicóloga Alicia Irene Fernández, o momento mais apropriado para discutir a relação é quando há um sinal de cooperação mútua, uma abertura positiva.

“Quando dois seres se abrem um para o outro, reciprocamente, e são capazes de aceitar o fluxo do outro sem retração, gera-se um intercâmbio pleno e mutuamente correspondido”, explica a psicóloga.

Para a especialista, nos dias atuais, por causa da sua independência, a mulher ganhou mais autonomia para discutir a relação com seu parceiro, o que antigamente era pouco visto, já que a mulher aguardava a decisão do homem no que diz respeito à condução do relacionamento. Agora, ambos têm canal aberto para este tipo de conversa.

“Culturalmente, a independência de ambos os sexos, tanto a laboral externa da mulher, quanto a partilha masculina nos afazeres domésticos, colocam homem e mulher numa maior autonomia para iniciarem livremente a discussão e o questionamento de seus relacionamentos”, frisa Alicia.

Segundo a psicóloga, para que a DR não termine em briga, é importante “auscultar” com sensibilidade o tempo possível de aceitação e de escuta do parceiro ou da parceira. “A exigência gera insatisfação e tenciona aquilo que se pretende esclarecer até um ponto emocionalmente insustentável”, define.

“A relação proveitosa só pode existir na medida em que cada ser é, e busca ser, cada dia mais pleno e saudável consigo mesmo”, finaliza a especialista.

Por Tatiana Alves

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