domingo, 15 de agosto de 2010

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Pré-eclâmpsia

Doença ainda é a principal causa de mortalidade materna no Brasil


Para muitas mulheres, a gravidez é o período de maior felicidade e realização, além de ser o mais aguardado de suas vidas. Mas, infelizmente, algumas acabam tendo que enfrentar diversos desafios quando a gestação não ocorre da maneira mais natural, precisando ser cercada de cuidados especiais.

Principal causa de partos prematuros no Brasil, a pré-eclâmpsia ainda é motivo de preocupação de médicos e gestantes em todo o mundo. Entre as graves consequências da doença está o risco de danos neurológicos para a criança e até mesmo a possibilidade de morte da mãe e do bebê.

Segundo a obstetra Tânia Regina Schupp, do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), a pré-eclâmpsia é caracterizada pelo surgimento de hipertensão arterial associada a inchaço de mãos e face e/ou significativa proteinúria, que é a perda de proteínas na urina, o que a deixa espumosa após a vigésima semana de gravidez.

“A pré-eclâmpsia pode evoluir para eclâmpsia, que é a presença de convulsões, podendo levar à morte da gestante se não tratada adequadamente. Para o feto há o risco de parto prematuro, anóxia (falta de oxigenação) intrauterina e até óbito fetal”, explica.

A médica ressalta que, embora não exista nenhum tipo de prevenção primária até hoje, é possível evitar fatores de risco, com a realização de pré-natal cuidadoso, o que pode não impedir o surgimento da doença, mas possibilita o diagnóstico precoce, fundamental para permitir tratamento com o objetivo de reduzir as complicações da pré-eclâmpsia.

Medidas anti-hipertensivas, repouso em decúbito lateral esquerdo, afastamento das atividades profissionais, redução dos afazeres domésticos, dieta hipossódica, sedação, assim como medicação hipotensora são algumas das medidas apontadas por Tânia Regina, na tentativa de controlar a doença.

Brasil reduz índices de mortalidade materna

A redução dos índices de mortalidade materna sempre foi um dos maiores desafios para o Brasil cumprir as Metas do Milênio até 2015, mas de acordo com último Relatório Nacional de Acompanhamento dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, elaborado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), já é possível observar um pequeno avanço em relação à saúde materna.

O documento mostra que no início da década eram registradas 140 mortes para cada 10 mil gestantes ou pós-partos e que atualmente esse número caiu para 75. Entretanto, o resultado ainda está longe do ideal; a meta para os próximos 5 anos é reduzir esta proporção para 35 mortes a cada 10 mil mulheres.

Por Margareth Varela

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