terça-feira, 14 de outubro de 2014

0 Sim, amor e liberdade podem e devem caminhar juntos

Controlar aonde vai, não deixar sair com os amigos, não ter um tempinho para fazer suas coisas, tudo isso, e muito mais, indica um relacionamento que prende a pessoa, sem liberdade, e muitas vezes é chamado de amor. Porém, segundo a psicóloga Blenda de Oliveira, este tipo de relacionamento dependente e possessivo não pode ser considerado amor. “Quando não há liberdade, não se fala de amor. Amor é quando se sentem livres, com a opção de estarem juntos, dividindo e lidando com as diferenças. O verdadeiro amor proporciona crescimento e individualidade.” E quando não existe esta liberdade, individualidade na relação, há sérias consequências. “Se torna algo sufocante, pouco prazeroso, carregado de muito controle, impedindo o crescimento das pessoas envolvidas”, explica Blenda. Foi o que aconteceu com a publicitária Ana Paula Rocha, de 28 anos. “O meu ex queria controlar até mesmo as minhas amizades no curso de inglês. Ficava na porta me esperando, para observar com quem eu conversava no final da aula. Eu me sentia angustiada durante a aula, porque eu sabia que ele estava lá fora, não pelo prazer de me buscar, mas por uma obcessão dele, que chamava de amor.” Mas o contrário também não é positivo. Ter liberdade em excesso torna o relacionamento muito permissivo. “É como se um não se importasse mais com o outro, não cuidasse, porque tudo o que amamos, cuidamos, o que não significa controlar. Dá a sensação de um relacionamento muito solto, sem conhecimento profundo de quem é o outro”, esclarece Blenda. Segundo ela, a verdadeira liberdade se aprende principalmente pelo amor próprio. “Se a pessoa se ama em primeiro lugar, ela manterá a sua individualidade. Quando há uma boa autoestima, consegue-se viver melhor o relacionamento, sem medo de perder o outro.Passa a ser uma escolha e não obrigação de estar com o outro”, diz. Além de ter amor próprio, a psicóloga também dá outras dicas de como ter um bom relacionamento amoroso e livre. “É preciso cultivar a liberdade desde o começo, assim como deixar bem claro, o que gosta, como cada um vive a vida, seus valores. As coisas que desagradam devem ser faladas, já que o diálogo e a intimidade são fundamentais. Também é importante que um se interesse pelo que cada um vive, para que possam celebrar juntos as conquistas”, finaliza.

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