terça-feira, 30 de setembro de 2008

0 Alerta às grávidas

Um estudo realizado pelo Ministério da Saúde em seis capitais brasileiras revela o quanto ainda é preciso reforçar o trabalho de prevenção e diagnóstico das doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) no País. A pesquisa mostra que 42% das grávidas têm pelo menos uma das DSTs analisadas – HPV, sífilis, gonorréia, clamídia, hepatite B e vírus HIV.

“As DSTs ocorreram mais freqüentemente em gestantes jovens, com menos de 20 anos”, afirma Valdir Pinto, coordenador da unidade de DST do Programa Nacional DST e Aids.
Do total de grávidas com doenças sexualmente transmissíveis, metade afirmou que nunca usou preservativos com parceiros fixos, o que ajuda a compreender a vulnerabilidade delas frente às enfermidades. A maior prevalência foi a do papiloma vírus humano, HPV (com 40,4%) que pode causar lesões genitais e, dependendo do tipo, evoluir para um câncer de colo de útero. Segundo o coordenador da unidade de DST, o HPV só traz riscos para o bebê quando há verrugas e lesões genitais. “Se este for o caso, o bebê pode apresentar verrugas na laringe, embora isso seja extremamente raro”, explica.

Um dado que chamou a atenção na pesquisa é a alta prevalência de sífilis (2,6%), índice bem acima do 1% definido pela Organização Mundial de Saúde como situação preocupante. A doença pode provocar no bebê problemas neurológicos, malformações ósseas e surdez. E mais: cerca de 40% das mulheres com sífilis sofrem aborto.

Também chamou a atenção a incidência de clamídia (9,4%) e gonorréia (1,5%), doenças causadas por infecção bacteriana e que podem levar a complicações como o parto prematuro, cegueira e pneumonia no bebê.

“Ainda precisamos avançar na prevenção e no diagnóstico das doenças sexualmente transmissíveis. O esforço do Ministério agora é para fortalecer a atenção básica nessa área”, comenta Valdir Pinto. (F.G.)

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