Firmeza e perseverança são fundamentais para a boa educação dos filhos

É óbvio que a limitação inicial é ditada pela lógica: o primeiro limite deve ser imposto em qualquer situação que comprometa a segurança e saúde dos pequenos. Quando falamos de disciplina, a primeira palavra que nos vem à cabeça é “não”. Mas o abuso desta desvirtuará seu sentido.
A Academia Americana de Pediatria recomenda usar esta expressão, pronunciada com firmeza, quando o que a criança faz representa um risco real para ela. Ou seja, se não for uma situação de risco, às vezes é mais útil desviar a atenção dela, enquanto tentar brincar com a tomada elétrica requer um “não” rápido e firme.
Lembre que a curiosidade nesta idade é inata e fundamental para o desenvolvimento de seu filho. Por isso, não permita que o “não” seja a palavra mais ouvida pelo pequeno no dia-a-dia, e proporcione a ele um ambiente seguro no qual possa explorar, correr e manipular objetos sem riscos. Permita que ele se sinta “independente” em seu mundo.
Frases curtas e tom correto
Outro conselho-chave é o tamanho das frases com as quais se corrige a criança. Imaginemos que o pequeno tente bater no cachorro da família, ou em um amiguinho. Neste caso, você conseguirá melhores resultados se disser “não bata”, em vez de explicar que “você não deve bater no cachorro/seu amigo porque é errado e você vai machucá-lo”. Seu filho terá perdido a atenção na terceira palavra da frase.
O tom de voz é importante também. Segundo os especialistas Denise Fields e Ari Brown, autores do livro “Bebê 411”, o que determina a efetividade da ordem não é o volume da voz, mas o tom. Os gritos não conseguirão melhores resultados e transmitirão uma mensagem errada à criança.
Uma vez decididos os limites, é importante que toda a família - avós, irmãos, tios - e quem toma conta do pequeno os conheçam e os apliquem. A perseverança é a base. Qualquer regra que você tenha estabelecido cairá no esquecimento se, ao cuidar da criança, alguns a aplicam, outros não.
Certamente, o imediatismo é fundamental nesta etapa. Se seu filho fez algo incorreto, deve saber disso no mesmo instante, e não cinco minutos depois, quando não compreenderá mais por que estão zangados com ele.
Fields e Brown recomendam também que os pais separem a criança de suas ações. Na prática, trata-se de não dizer nunca para a criança que ela é má, mas que o que ela está fazendo é ruim. Também não é demais lembrar que o castigo físico, especialmente nesta idade, jamais deve ser usado para corrigir uma criança.
Os especialistas afirmam que, entre outras consequências, castigar fisicamente uma criança só estimulará que ela tenha reações agressivas quando se aborrecer, além de prejudicar sua sensação de segurança.
E, certamente, assim como você reage a um comportamento inadequado, deve esboçar uma resposta quando a criança se comportar bem e elogiá-la publicamente.
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