terça-feira, 14 de outubro de 2014

0 Cavalheirismo: via de mão dupla

Ele não morreu, como diz o velho ditado
Ainda existem homens que: Abrem a porta do carro para uma mulher. Deixam alguém sair antes do elevador. Carregam lenço limpo no bolso da calça. Puxam uma cadeira para uma mulher se sentar à mesa. Cozinham muito bem – e gostam. Entendem de analgésicos para cólica quando a companheira está chegando àqueles dias. Dão flores. Presenteiam só para ver a moça feliz, e não porque querem algo em troca. Levam para um jantar pelo mesmo motivo.
Lembram-se de datas (ih… esses existem, mas são poucos). Não acham que o futebol é algo sagrado. Não gostam mais do carro do que dela. Trocam fraldas. Oferecem o próprio casaco a ela quando esfria. Perguntam o que ela quer comer e faz (ou vai comprar, também vale). Trazem sempre uma lembrancinha quando viajam. Andam do lado de fora da calçada quando acompanhados dela. Não deixam que ela carregue peso ou se esforce muito à toa. Dão o lugar no ônibus, ou pelo menos pegam os pertences de uma mulher para segurar. Sabem fazer carinho de muitas formas, até daquelas nas quais ela nunca pensou.
Enfim… Poderia enumerar milhares de outras coisas aqui. E nunca vi algum sujeito ser menos homem por causa disso. Tudo bem que são poucos, muito poucos. Mas existem.
Por outro lado…
As mulheres não precisam que alguém abra a porta do carro para elas, e não esperam isso de um homem nos dias de hoje. Também não esperam que um homem dê preferência a ela no trânsito, no elevador ou em qualquer outra passagem, sem qualquer interesse que não o de ser cavalheiro. Não pedem para ninguém ajudar a carregar as compras no supermercado ou no shopping, já vão pegando. Não esperam que ele pague a conta do jantar, querem dividir (há controvérsias, mas existem sim).
Admiro mulheres fortes, grandes profissionais, mas que não queiram ser homens, o que está evidentemente acontecendo. Conheço mulher mais machista que muito homem. Ser forte nunca dependeu do sexo. Algumas esqueceram a feminilidade, justamente o que as diferencia de nós. Admiro mulheres que gostem de ser e sejam mulheres, mesmo assim.
E, se o cavalheirismo é bom, também curto uma mulher ser uma dama. Não no sentido passivo e protocolar da palavra, mas também curto se eu estiver com muitos pacotes de compras e uma moça abrir o elevador para mim. Questão de educação, independentemente do sexo – como eu mesmo já fiz várias vezes, até para homens.
Mas deixar alguém te ajudar é uma forma de retribuir o carinho, o que é tão importante quanto fazê-lo. Às vezes, nessa nossa independência para a qual fomos criados, não deixamos mais que sejam cavalheiros ou damas conosco. Mas é óbvio que só vale a pena deixar quando é de verdade. Já vi muita gente caindo nas malhas do carinho falso, feito por interesse. Por isso, entendo também quando não querem favores, por menores que sejam.
Ah, e ninguém precisa ser meloso para ser cavalheiro.
As mulheres de hoje não precisam de nada daquilo que foi escrito acima. Mas aprecio as que são inteligentes o suficiente para apreciar um ato de cavalheirismo, sem afetações feministas ou orgulho bobo. Como dizia uma famosa propaganda, “precisar, não precisa, mas…”
Cavalheirismo ainda existe. E é tão bom!
Para ambos os lados.
Fonte: Terapia do Amor

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