Complexo de inferioridade
Sentimento está ligado à baixa auto-estima
Desde pequenos, aprendemos que ninguém é melhor do que ninguém. A Bíblia nos diz que todos são iguais perante Deus. Entretanto, não é isso que corresponde à realidade para muitas pessoas que sofrem com o complexo de inferioridade.
De acordo com a psicóloga Oziléa Clen, a tendência da maioria é se desvalorizar baseado-se em comparações, desejos e invejas. Sentimentos ligados à baixa auto-estima.
“O outro serve como espelho e se, cada vez mais, os estímulos e as exigências presentes hoje na mídia são focados em excesso, principalmente em relação à beleza, à riqueza e a outros fatores, o que se vê é que aumenta o índice de pessoas com o sentimento de inferioridade”, revela.
A psicóloga explica que, apesar de o sentimento de inferioridade acontecer em homens e mulheres, é mais fácil de ser percebido no sexo feminino devido à cultura feminina de expor com mais facilidade seus sentimentos.
“O sentimento de inferioridade no sexo masculino tem crescido muito, haja visto a procura desenfreada para atingir um padrão de beleza, preocupadíssimos com a estética, chegando ao ponto extremo de prejudicar a saúde”, lamenta.
Comportamento e saúde
O complexo de inferioridade pode causar problemas gravíssimos. Há pessoas que apresentam até quadros de depressão, isolamento e angústia paralisante.
“Isso está ligado ao eu ideal que tende a querer alcançar o inalcansável e por não conseguir o que busca de forma obstinada para seguir uma tribo. Assim, fica sujeits ao consumismo, seja ele de que tipo for, podendo ir do excesso de compras, cirurgias plásticas em demasia e sem necessidade, malhação exagerada, uso de medicamentos, sempre na tentativa de se igualar, mas a pessoa acaba se autodestruindo”, explica.
Segundo Oziléa, um exemplo, cada vez mais presente nas capas dos jornais, é o de jovens que sofrem de anorexia e bulimia. “Mais uma vez, vemos aqui a busca incessante para se igualar ao outro, para seguir um padrão, deixando de comer a fim de manter o que a moda dita, que é um corpo esquálido, magérrimo. Pode-se perceber que a pessoa segue o que ditam, o imperativo, o que anula a subjetividade do sujeito”, afirma.
Para a psicóloga, estas pessoas possuem uma estrutura emocional muito frágil e se tornam sugestionáveis e vulneráveis ao sistema midiático e econômico.
“Normalmente são alienadas a informações e orientações corretas que podem lhe proporcionar uma boa qualidade de vida. Isso tem acontecido não só com a juventude, mas com adultos também e cada vez mais”, frisa a especialista.
Dificuldade e superação
Os complexados enfrentam alguns problemas e muitas vezes apresentam dificuldades em superar sozinhos. A psicóloga Clen explica que a resistência a mudanças e dificuldade de ouvir são duas delas.
“São pessoas fechadas no seu mundo e fazem do que circula ao seu redor uma verdade e assim a segue. Outra dificuldade é a da escuta. Ao se fecharem nesse pequeno mundo, acabam assimilando o que lhes convêm e isso se torna o referencial de uma suposta vida, pois ao se colocarem no lugar de vítimas, de transferirem a culpa para os outros, de se eximirem de responsabilidades e desejarem algo bom para si mesmas, ficam muito limitadas e não conseguem ter uma visão de vida. Por esse motivo, acabam não construindo uma história própria, com diferenças e singularidade”, acredita a profissional.
“Normalmente são pessoas com muitas dificuldades para superar essas barreiras. Há uma remota possibilidade caso se identifiquem com alguém que possa lhes transmitir um outro modo de vida. Através de uma admiração podem se abrir e mudarem o rumo de vida”, completa.
As pessoas que se dão conta que vivem esse problema devem procurar a ajuda de um profissional. De acordo com a psicóloga, o paciente deve também acreditar que, através de um tratamento, poderá construir uma história sua, livrando-se dos fantasmas dos outros.
“Isso não acontece como um passe de mágica, que é o que todos querem, por isso vivem a ilusão de um mundo fácil e simplista. Para um tratamento dar certo, é preciso que a pessoa acredite e queira de fato mudar, e para isso precisa de muita persistência, o que diferencia das ofertas fáceis de hoje, em que a pessoa parece não precisar fazer esforço. Só assim ela poderá sair desse lugar de inferioridade e se tornar segura e capaz de sustentar seus próprios desejos”, finaliza.
Para reflexão:
“Forjai espadas das relhas dos vossos arados, e lanças das vossas podadeiras; diga o fraco: Eu sou forte.” Joel 3.10
sábado, 29 de março de 2008
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Hello. This post is likeable, and your blog is very interesting, congratulations :-). I will add in my blogroll =). If possible gives a last there on my blog, it is about the Massagem, I hope you enjoy. The address is http://massagem-brasil.blogspot.com. A hug.
ResponderExcluir