Compromissos aumentam e boa parte dos casais não consegue administrá-los
O casal namorou durante anos, antes de assumir o enlace matrimonial. Enquanto o ato não se concretizava, os pombinhos viviam em clima de romance. No entanto, depois que passaram a conviver sob o mesmo teto, a realidade mudou e as discussões passaram a ser freqüentes. Quem nunca ouviu uma história parecida com essa?
De acordo com a psicóloga Luzia Pacheco, é muito comum isso acontecer nos primeiros anos, já que as responsabilidades aumentam e boa parte dos casais não consegue administrá-las. “Muitos casais, por falta de costume com as responsabilidades matrimoniais, se assustam com os compromissos e acabam não dando conta, o que acarreta alguns desentendimentos”, esclarece.
É muito comum marido e mulher, após conviverem sob o mesmo teto, começarem a ter discussões constantes. Porém, segundo a psicóloga, essa é a chamada “fase de adaptação”, na qual estão se conhecendo mais profundamente. É neste momento que descobrem algumas manias, como, por exemplo, o homem que deixa as meias jogadas pela casa ou esquece de pagar as contas, ou a mulher que fica muito tempo ao telefone ou reclama de tudo. “São coisas que só são possíveis de perceber quando passam a morar na mesma casa”, acrescenta Luzia.
Responsabilidade
Nem tudo é alegria após o altar. No caso de Cristiane da Conceição e Rodrigo Britto, o matrimônio ocasionou mudanças bruscas no comportamento do casal. “Trabalhar o dia inteiro, limpar a casa, cozinhar, cuidar do marido... Descobri que não é tão fácil conciliar tudo isso; tem que ter muita disposição. No início, tive dificuldade em entender, por isso discutíamos sempre. Mas, com o passar do tempo, as coisas foram se ajustando”, conta Cristiane.
O marido compartilha da visão dela: “Tudo é mais cômodo na casa dos pais. Agora tenho que acordar mais cedo pois minha mãe não está mais por perto. Chego e tenho a preocupação de ajudar Cristiane com os afazeres domésticos. Reclamo, mas tudo isso nos ajuda a crescer. Aprendi a dar mais valor ao dinheiro, por exemplo. A vida financeira, quando a gente casa, muda bastante”, admite.
“A parte boa de ter que administrar toda a casa é que você tem alguém ao seu lado com quem contar”, ressalta Cristiane. Esses “probleminhas” do cotidiano não perturbam a felicidade do casal, que aposta e recomenda a todos o casamento. “O companheirismo é a melhor parte”, aponta Rodrigo
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